segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Beatles, a Mania Que Não Acaba Nunca

Eles podem ficar um tempo fora dos noticiários, podem ficar alguns dias sem serem notados, podem ficar algumas horas sem serem tocados. Mas não tem jeito, a maior banda de rock de todos os tempos sempre encontra uma forma de se reinventar, de surpreender e de lembrar que o sonho não acabou. O próximo dia 09/09/09 promete ser histórico para os beatlemaníacos. Nesta data cabalística, serão lançados o game mais esperado de todos os tempos e um box com todos os álbuns da banda devidamente remasterizados. O jogo em questão é o Beatles Rock Band e promete apresentar a banda de Liverpool para os mais jovens e a diversão em games para os mais velhos. O filme que lança o joguinho já está circulando pela internet. E é sensacional. Numa Abey Road lotada de fãs, os Fab 4 circulam graças a truques de computador, ao som de "Come Together". Enjoy it!



Fonte > Brainstorm#9

Paixão na Telona

Apesar de ser a maior paixão dos brasileiros, o futebol não é muito visto nas salas de cinema. Tirando o inesquecível Canal 100, podemos contar nos dedos as produções nacionais que abordam o tema do esporte bretão no país onde ele é mais e melhor jogado. Dois filmes sobre Garrincha, um sobre Zico, alguns sobre o Flamengo, outros sobre o Corinthians e... Agora é a vez do esquadrão de aço. Já está rolando na rede o teaser - muito bem feito, por sinal - do filme "Bahia, Minha Vida", com produção da Caco Motion e Movimento e direção de Marcio Cavalcanti. Se você é tricolor, prepare-se para se arrepiar.

Filosofia e Publicidade

A linguagem filosófica é uma ferramenta nova na publicidade. Faz parte do apelo emocional e tem o objetivo de provocar reflexão, propor ideias em lugar de impor uma forma de pensar. Por essas características, costuma causar empatia com a marca e provocar momentos prazerosos nos consumidores.
No Brasil, a linguagem filosófica teve seu primeiro grande momento com o filme criado pela DPZ, em 2007, para o Itaú Personnalité, que questionava: O que é essencial para você? No mesmo ano, a Africa criou campanha para o Pão de Açúcar perguntando: O que faz você feliz? Ontem estreou o primeiro comercial de televisão da Natura para o seu perfume masculino Kaiak. Nesta campanha, criada pela Taterka, a questão é: O que move você?
O que une os exemplos citados são os questionamentos e a utilização do pronome pessoal na segunda pessoa, você. Características que deixam as peças mais envolventes, interativas e relevantes. Fica a dica, usar linguagem filosófica para agregar valor a uma marca é uma ótima estratégia de campanha. Agora, assista os filmes.





PhotoShop, o Packshot Agradece.

Esta semana, na aula de Direção de Arte, falei sobre Packshot, um termo que, ao pé da letra, significa foto da embalagem, mas que no "propagandês" é a imagem do produto em seu estado perfeito. Todo mundo se arruma para aparecer numa foto. Ajeita o cabelo, pergunta se está bem, retoca a maquiagem... Com os produtos acontece a mesma coisa. Ninguém ou poucas pessoas se interessariam se vissem na embalagem ou no ponto de venda o produto como ele realmente é. Por isso, viva o Photoshop!


Quer ver mais exemplos de maquiagens de produtos? Entre aqui.

Um Passeio por Outras Ferramentas de Comunicação



Tenho falado em minhas aulas que, depois que os anunciantes descobriram o ROI (Return On Investment), as empresas de comunicação tiveram que se virar para conseguir meios mais econômicos de divulgação de marca. Como comprar mídia é muito caro, Eventos, Ações de Guerrilha, Marketing de Relacionamento e Assessoria de Imprensa têm ganhado espaço nos planejamentos de grandes marcas.
Nessa esteira, aconteceu ontem, na capital paulista, pelo 3º ano consecutivo, o Promenade Chandon, um circuito intinerante que envolve atividades artísticas e culturais, como apresentação de balé, vitrines vivas e DJs, além da demonstração de 4 versões da bebida. Realizado no quadrlátero formado pelas ruas Oscar Freire, Consolação, Estados Unidos e Augusta, o evento deste ano contou com mais de 12 mil convidados, 34 lojas e 20 restaurantes.
Segundo Karina Guarita, Gerente de Comunicação da Chandon, o evento é realizado com a intenção de ampliar o contato com o público e fortalecer a relação entre a marca e seus consumidores, mais do que aumentar o resultado em vendas.

Fonte > Meio & Mensagem

Vamos Criar um Viral?

Tenho sido enfático em minhas aulas. Viral não se cria. Viral se faz por ele mesmo. Você pode até criar algo com grandes chances de viralizar, mas nunca, nunca mesmo, existirá uma garantia. Uma ação qualquer na internet, feita com o propósito de ser vista por milhões de pessoas, pode, simplesmente, não "pegar". Do mesmo jeito, algo feito sem nenhuma pretensão pode virar um hit da rede.
Foi o que aconteceu com 3 amigos que vivem em Indiana, costa oeste dos Estados Unidos. Numa viagem de compras à Carolina do Sul, Andrew, seu irmão Adam e o amigo Luke começaram a perceber como algumas pessoas se vestem muito mal. Principalmente quando vão ao Wal-Mart. Pronto, essa foi a deixa. Os caras chegaram em casa, fizeram um site e pediram para que amigos tirassem fotos e mandassem para eles todas as vezes em que vissem pessoas "estranhas" na rede de supermercados.
Tudo ia transcorrendo sem grandes emoções, até que a brincadeira foi mencionada pelo site FunnyorDie.com. Em apenas um dia, o tráfego na página dos garotos cresceu mais de 700%. E hoje, o "People of Wal-Mart" é um dos maiores virais da internet americana.

Mais Uma da VW

O nonsense é um estilo de criação que se encontra dentro do apelo emocional. A intenção, quando se usa essa linguagem, é, obviamente, chamar atenção causando estranheza e simpatia com a marca. Um ótimo exemplo de utilização do nonsense é o já citado aqui "cachorro-peixe", criado pela AlmapBBDO para o SpaceFox da Volkswagen.
Com os mesmos objetivos de ousadia e diferenciação, a mesma equipe - Gustavo Sarkis e Renato Fernandez na criação, a produtora argentina Rebolucion e a finalizadora Bitt Animation - volta a atacar com o lançamento da Nova Saveiro. O filme mostra como uma turma de usuários da pick-up consegue fazer chover pipoca numa pequena vila latinoamericana.
Surreal, simpático e popular. Altos níveis de lembrança e prêmios à vista. Mais uma vez.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Nova Paixão

O futebol é uma paixão nacional. A Nike sabe disso. O Corinthians é um dos maiores, senão o maior representante dessa paixão nacional. A Nike sabe disso. Poucas coisas emocionam tanto quanto imagens bem feitas. A Nike sabe disso. Não é à toa que a Nike é uma das marcas mais admiradas do mundo. Na última quarta-feira, 26/08, o Corinthians estreou uniforme novo contra o Barueri, na grande São Paulo. A ação faz parte das comemorações dos 99 anos do clube do Parque São Jorge. Não poderia passar em branco. A Nike sabe disso.



P.S.: Eu não torço pelo Corinthians.

Criatividade com Resultado

Nesta semana, nas minhas aulas de Redação Publicitária, falei sobre a relação Criatividade x Resultados, dizendo que os criativos brasileiros demoraram a acreditar que era possível atingir os dois objetivos numa mesma peça. O filme abaixo, "Cachorro-Peixe", é um bom exemplo da maturidade criativa dos nossos publicitários. A peça, criada por Gustavo Sarkis (formado pela UCSal) e Renato Fernandez, da AlmapBBDO para o SpaceFox da Volkswagen, teve altíssimos índices de recall e uma belíssima carreira em festivais de publicidade, coroada com o ouro na última edição de Cannes. Taí a prova. Propaganda boa é aquela que esvazia a prateleira do cliente de produtos e enche a prateleira da agência de prêmios.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Guerra Contra o Fumo

É sempre bom se posicionar. Principalmente quando o assunto é polêmico. Sou contra a proibição de propaganda de qualquer produto ou serviço que tenha sua venda e utilização legalizadas. A favor das restrições, mas radicalmente contra a proibição. No Brasil, há 8 anos, agências, fornecedores e veículos deixam de empregar milhares de profissionais porque é muito mais fácil e barato proibir propaganda do que investir em educação e saúde pública.
No outro lado da discussão, tem as sempre bem vindas campanhas antitabagismo. A mais recente, tem criação de Pedro Utzeri e Márcio Juniot, com belíssimas ilustrações da Casa do Vaticano. As peças, criadas pela Neogama/BBH para a Associação de Defesa da Saúde do Fumante - Adesf - compara o vício de fumar a uma guerra e declara: "São mais de 4.700 substâncias tóxicas contra você. Não fume." Os anúncios de página dupla começarão a ser veiculados em setembro na Revista Trip.





P.S.: Não sou fumante, inclusive, fumaça de cigarro me faz mal.

"O YouTube Não. A Internet Matará a TV."

A afirmação é de Chad Hurley, co-fundador do YouTube e convidado especial do Digital Age 2.0, evento promovido pelo IDG em São Paulo. Segundo o executivo, com o desenvolvimento da TV digital e o surgimento da convergência total (IPTV - Internet Protocol TeleVision - no Celular), "o caminho é a personalização do que se quer assistir". Hurley ainda diz não conseguir enxergar pessoas sentadas em frente a um aparelho de televisão, esperando o início de um programa com hora marcada.
Realmente, com a distribuição digital e a mobilidade, o poder sai das mãos das grandes redes de distribuição de conteúdo e vai para as mãos do usuário. Se, até hoje, a grande maioria das pessoas ainda precisa de um lugar e um horário fixos para assistir a um determinado programa, isso, em breve, vai mudar. E eu, você, qualquer um, terá o poder de escolher o que ver, quando ver e em que lugar ver. Para a comunicação, isso significa uma aposta cada vez maior no atirador de elite em vez das balas de canhão. Em outras palavras, os departamentos de mídia terão que pensar em precisão sirúrgica para atingir a pessoa e não a massa.
Leia mais sobre a passagem de Chad Hurley por São Paulo aqui.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Quer Dançar?

A ideia era promover o show de Beyoncé que acontecerá em Londres, dia 15 de novembro, com patrocínio de Trident. Ah, fácil, vamos criar comerciais de TV, usar bastante mídia exterior e expor, no shopping mais frequentado da cidade, fotos e curiosidades sobre a vida da cantora. Nananinanana! Para promover o vento, resolveram fazer a velha brincadeira da dança das cadeiras! A diversão já começava na forma de convidar as pessoas. A vencedora do joguinho ganhou ingresso em local VIP para ver o show da artista americana. Veja a ação:


Fonte > brainstorm9

Publicidade Cresce Pouco, mas Cresce

Ter 1% de crescimento parece não ser nada demais. Mas quando analisamos a situação dos principais mercados da economia global, o desempenho do negócio da publicidade no primeiro semestre de 2009 até que não é tão mau assim. De janeiro a junho deste ano, os veículos de comunicação no Brasil arrecadaram o montante de 9,67 bilhões de reais, cerca de 100 milhões a mais que no mesmo período do ano passado.
A TV aberta continua sendo o principal alvo dos investimentos em mídia, com 60,2% do bolo publicitário, um crescimento de 3,9% no período. Mas outros meios também apontam bons números. O maior crescimento ficou com a internet, 22,8%, seguida da mídia exterior com 12,4%. Também cresceram rádio, com 6,2% e TV por assinatura com 4,8%.
Com resultado negativo, aparecem: Guias e listas (-16,7%), jornais (-10%), revistas (-8,7%) e cinema (-5,4%). A expectativa do mercado é que no segundo semestre, a arrecadação cresça e que o ano termine com um total de investimento 3% maior que 2008. Todos os números da pesquisa, realizada pelo Projeto Inter-meios podem ser conferidos aqui.

Fonte > Meio & Mensagem

terça-feira, 25 de agosto de 2009

A Nudez Corporativa na Teoria e na Prática

Por Thomaz Wood Jr. - Carta Capital

"Em 2003, o espalhafatoso guru Don Tapscott publicou, em coautoria com David Ticoll, o livro The Naked Corporation. A obra registrava um fenômeno relevante: o avanço da tecnologia da informação havia permitido expor os desvios de comportamento das empresas, alastrando os problemas enfrentados por seus clientes e acionistas. De fato, a internet e suas crias – blogs, Orkut, Facebook, YouTube e Twiter – facilitaram a funcionários insatisfeitos, clientes irados e acionistas desconfiados espalhar suas frustrações. As consequências para as empresas podem ser trágicas. Solução recomendada pelo guru: abraçar a transparência e abrir as torneiras da informação. Resultados prometidos: funcionários comprometidos, clientes leais, imagem fortalecida e melhores resultados. Tapscott advogava que a nudez corporativa também estimularia comportamentos socialmente responsáveis, gerando maior retorno financeiro, reduzindo riscos e contribuindo para a perenidade dos negócios. Melhor, só em contos de fada.

Infelizmente, como é usual na teoria dos gurus, nem tudo que faz sucesso em seminários materializa-se com facilidade na realidade. Veja-se o caso da aquisição da Merrill Lynch, ex-estrela radiante da constelação dos bancos de investimento, pelo Bank of America, gigante do varejo bancário norte-americano. Conta a história William D. Cohan, nas páginas da revista The Atlantic. Em setembro de 2008, ápice tumultuado da crise econômica, o Bank of America concordou em assumir o controle da Merrill Lynch, uma das organizações mais comprometidas pela conjuntura. E pagou caro. O acordo foi anunciado por Ken Lewis, CEO do Bank of America. Com pompa e circunstância, ele declarou ser a aquisição uma grande oportunidade para os acionistas de sua instituição. Três meses depois, a situação da Merril Lynch havia se deteriorado a tal ponto que o Bank of America pensava em romper o pacto inicial. No fim de novembro, as perdas da Merrill Lynch haviam atingido a marca de 9 bilhões de dólares. No entanto, pressionado pelo governo norte-americano, o Bank of America manteve o acordo.

No dia 5 de dezembro, um encontro de acionistas votou a favor da operação. Nenhuma informação sobre a trágica situação da Merrill Lynch foi comunicada antes da votação. Segundo observadores, a falta de transparência de Ken Lewis pode ser considerada fraude. No fim de dezembro, as perdas da Merrill Lynch atingiram 15,3 bilhões de dólares. Em 1º de janeiro, o acordo final foi fechado, nos mesmos termos do acordo preliminar de setembro. Na oportunidade, Ken Lewis repetiu seu discurso otimista (ou delirante), mencionando o posicionamento único da nova organização, o qual permitiria “expandir nossa liderança em mercados em todo o mundo”. Em 2007, antes da crise e da aquisição, a ação do Bank of America oscilou entre 54 e 40 dólares.

No início de março de 2009, após o acordo, a cotação atingiu 3 dólares: uma destruição impressionante de valor. Para Cohan, o acordo foi prejudicial para a organização e para os seus acionistas, constituindo mais uma fábula sobre a “arrogância e a covardia executiva”. Terá exagerado na crítica? Deveria Lewis resistir à pressão do governo e desfazer o acordo? Difícil dizer. Executivos costumam enfrentar situações difíceis, assumir riscos e tomar decisões. São pagos, aliás, bem pagos para isso. Segundo dados do website Equilar, em 2008, a remuneração total de Lewis foi de 9.003.467 dólares. Razoável, não?

Hoje, uma das atividades mais desafiadoras dos executivos é gerenciar o grau de transparência, ou nudez (em linguagem de guru), das relações de suas empresas. Muitos deles armam-se de hostes de relações públicas, consultores de imagem, especialistas em marca e comunicação. Eles procuram fortalecer a imagem institucional da empresa, refinam seus discursos e apresentam-se para a mídia de negócios como paladinos das boas causas. A mídia não se faz de rogada e reproduz, de bom grado, seus feitos e fotos.

Porém, parecer transparente não é o mesmo que ser transparente. Ser transparente significa identificar claramente os grupos que interagem com a empresa e construir relações abertas, condizentes com as demandas desses públicos e, naturalmente, os interesses da própria organização. Fechar-se em copas não é opção. Fabricar transparência pode ser perigoso. Por outro lado, a nudez total pode colocar a empresa em situação de vulnerabilidade. O desafio, como noutras coisas tantas da vida corporativa, é encontrar um fugidio ponto de equilíbrio, processo que emerge da consciência das mudanças e da coragem para enfrentar dilemas e fazer escolhas."

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

A Forma

Nem sempre a ideia precisa estar no conteúdo. Muitas vezes, aquilo que chama atenção por ser diferente está na forma. O stop motion é uma técnica muito criativa, que pode e deve ser usada todas as vezes em que o objetivo é causar impacto. No exemplo abaixo, "The Pen Story", criado para a Olympus Pen, foram tiradas 60 mil fotos, feitas 9 mil e seiscentas ampliações, com filmagem de mil e oitocentas delas. E o mais incrível: não houve pós-produção! Simplesmente sensacional!


Contribuição > Rodrigo Menezes

Das Antigas

O ano era 2000 e pouco se falava em virais. Mas eles já existiam. Veja este vídeo criado por Bruce Branit e Jeremy Hunt. O filme já tem as características básicas dos virais de hoje. Cenas realistas, diversão, surpresa e a velha questão: será que foi verdade?


Contribuição > Rodrigo Menezes

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Na Era da Visibilidade, Transparência e Diálogo São Fundamentais

O Instituto Akatu apresentou, na Conferência 2009 do Instituto Ethos, informações fundamentais para se entender o perfil do novo consumidor. Com base em várias pesquisas recentes, o Instituto divulgou as seis principais tendências dos consumidores. São elas:

> esperar que, além de serem agentes produtivos, as grandes empresas contribuam ativamente para o desenvolvimento da sociedade;
> desconfiar das informações fornecidas pelas empresas a respeito do que fazem em termos sociais e ambientais;
> valorizar cada vez mais as questões ambientais em suas decisões de compra;
> estar disposto a punir ou recompensar as empresas pelas suas práticas efetivas de responsabilidade social empresarial;
> sentir-se mal informado sobre a ação de responsabilidade socioambiental das empresas;
> mais e mais, mobilizar outras pessoas a avaliar a ação socioambiental das empresas e a considerar em suas decisões de compra.

Para saber mais sobre o assunto, muito pertinente nos dias de hoje, leia o artigo de Helio Mattar, Diretor-presidente do Instituto Akatu pelo Consumo Consciente, publicado na Meio & Mensagem nº 1372.

Concorrência no Acostamento

Tirar um sarro com a concorrência em publicidade não é fácil. Tem que ser original, divertido, simples e, principalmente, adequado e pertinente. Foi o que fizeram Parris Mesidis e Adam Johnson da australiana Showpony para a Bridgestone, patrocinadora e detentora da exclusividade dos pneus da Fórmula 1. E a arma foi a sempre boa ferramenta criativa, IRONIA. Mas atenção, na hora de usar a ironia, cuidado para a mensagem não ficar sarcástica demais.


"Ainda existe um lugar para as outras fábricas de pneu na Fórmula 1"

Guerrilha On The Beach

Imagine você e seus amigos na praia. Sol, sal, céu, cervejinha... De repente surge algo estranho no mar vindo em direção à areia. Ao mesmo tempo, pelo lado oposto, uns caras tocando bumbo, em um ritmo sinistro. Você se pergunta: o que é isso?
É uma ação de guerrilha bem impactante para a Vitamin Water. Agora veja o vídeo e diga se é possível não simpatizar com uma marca que faz um negócio desses.



Fonte > Blog Comunicadores

Cerveja com Metalinguística

Nas próximas semanas, falaremos, na matéria Redação Publicitária, sobre como a publicidade usa a metalinguagem. Adiantando um pouco o processo, segue abaixo um ótimo e divertido exemplo. O filme da mais nova campanha da Quilmes, cervejaria argentina, foi criado pela Young & Rubicam de Buenos Aires e brinca com a linguagem dos próprios comerciais de bebidas. Muito bom!

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Visibilidade



Imagine que você chega em casa, pega uma revista, começa a folhear e se depara com anúncio em vídeo! Não, não é cena de Minority Report. Isso vai começar a acontecer em setembro na revista Entertainment Weekly de Nova Iorque e Los Angeles. E a primazia será da Pepsi.
Usando tecnologia barata, a mesma daqueles cartões musicais, a marca de refrigerante quer impactar e colocará uma tela do tamanho da de um celular em um anúncio do prime time da CBS. O vídeo vai mostrar cenas de algumas séries e um comercial da Pepsi. Boa visibilidade, mas ainda muito longe daquilo que veremos no futuro.

Fonte > brainstorm9

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

R.P. na Blogosfera

Saiu no Editorial da Meio & Mensagem desta semana, a blogosfera é o novo campo de atuação do profissional de Relações Públicas. Leia o texto na íntegra e comente.

Keep Your Eyes on The Future

Não é publicidade, mas é pra lá de criativo! Fãs do grupo Keane fizeram um blog de construção coletiva sobre o grupo. E fizeram mais. Várias pessoas gravam o show, depois, as imagens são editadas. O material transpira emoção, é indédito, único, mesmo sendo coletivo. A construção coletiva é uma das milhões de possibilidades que a internet nos dá na elaboração de conteúdo. Sim, em um futuro muito próximo, o conteúdo deixará de ser exclusividade de grandes empresas de comunicação. Todo mundo pode e deve gerar conteúdo. E se ele for bom, relevante, cativante, todo mundo vai querer ver. Visitem o blog "our eyes on Keane" e entenda melhor o que quero dizer.

Ovomaltine Volta à Mídia



Depois de 17 anos fora do ar, a marca de achocolatado investe 12 milhões em compra de mídia em ação que começa por São Paulo. Objetivo é reposicionar a marca através do conceito: Ovomaltine Forever. Leia a matéria da Meio & Mensagem na íntegra. Muito boa pra galera do Projeto Experimental.

Sobre Virais

Os vídeos publicitários mais vistos do youtube nos últimos tempos têm uma coisa em comum: todos são criações britânicas. Que o Reino Unido tem um dos mais altos níveis criativos da publicidade mundial, já sabemos, mas qual seria o segredo para implacar tantos bons virais? Os criativos da terra da rainha concordam: tem que ser divertido, tem que fazer as pessoas se sentirem bem, tem que ser inusitado e o principal, tem que ser criativo! Fácil, né? Então, vamos fazer uns virais?

Rollerbabies da Unruly Media para Evian:



T-Mobile da Saatchi&Saatchi para a T-Mobile



Eyebrow Dance da Fallon para a Cadbury



Sheep Led da Viral Factory para a Samsung

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Mais Rede Social

Agora vejam o que uma rede social pode fazer com as pessoas:

Redes Sociais em Números




Muito tem se falado a respeito da utilização das Redes Sociais da Internet como estratégia de comunicação de marcas. A verdade é que o assunto ainda é novo, os cases de sucesso são raros e ninguém sabe muito ainda o que fazer para transformar internautas em embaixadores de marca.
Semana passada, Mark Zuckerberg, CEO da Facebook, esteve no Brasil para um evento fechado na Fundação Getulio Vargas. Além de fazer muita propaganda da sua empresa e dizer que o social marketing (marketing de redes sociais) funciona mais e melhor que o search marketing (marketing de busca), o evento revelou números interessantes. Vamos a eles:

> O Brasil tem 65 milhões de internautas. Cerca de 49 milhões estão nas redes sociais;
> O Facebook é o maior site de relacionamento do mundo, com mais de 250 milhões de usuários ativos;
> No Brasil, o facebook obteve crescimento de 133% este ano, mas o número de usuários ainda é pequeno: 1,3 milhão;
> O Orkut é o site de relacionamento mais usado no Brasil. São mais de 24 milhões de inscritos;
> O microblog mais famoso do mundo, o Twitter, alcançou, em junho deste ano, o total de 44,5 milhões de visitas únicas em todo o mundo, um crescimento espantoso de 1.460% em relação ao número de visitas até junho do ano passado;
> A importância do uso das redes sociais em estratégias de comunicação é reforçada por dois dados de uma recente pesquisa da Nielsen, que ouviu 25 mil internautas: 90% deles confiam na recomendação feita por amigos e 70% deles confiam nos sites das companhias.
> O problema é o WOM, o boca a boca da internet. Se a marca vacilar, o poder de destruição de um único internauta pode ser devastador.

Mesmo com tantos dados, uma questão continua sem resposta: como usar as redes sociais da internet para construir cases consistentes de marcas. Alguma ideia?

Bom Exemplo

No site do Clube de Criação de São Paulo:

"A ESPM Social apóia e incentiva o trabalho das ONGs oferecendo, gratuitamente, consultorias em Marketing e Comunicação.

As inscrições para o processo seletivo já estão abertas e podem ser feitas até o dia 21 de agosto, sexta-feira, pelo site www.espmsocial.org.

Os consultores são alunos da ESPM, sob orientação de professores e especialistas na área.

O objetivo é auxiliar a estruturação das atividades das ONGs, de modo a divulgar melhor o trabalho realizado, buscar parceiros, ordenar a gestão financeira e ampliar o atendimento."

Taí um bom exemplo que poderia ser seguido pelas faculdades de comunicação de Salvador. Outro dia, um aluno me questionou por que os cursos de publicidade só formavam profissionais para grandes mercados, grandes verbas, grandes campanhas, se a nossa realidade não é essa. Pois é, trabalhar fazendo pequenas coisas para instituições sociais é uma boa forma de entender a verdadeira mecânica do mercado. Fica a provocação. Para ONGs, Universidades e Alunos.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

SBT Imbatível

A emissora do Silvio não para de se superar. Realmente, tem coisas que é melhor não comentar. Apenas veja:



Polo I Motion

Estreia amanhã, no intervalo do Jornal Nacional, o novo filme criado pela AlmapBBDO para a Volkswagen. O comercial traz como diferencial do Polo I Motion, o novo câmbio ASG, que possibilita a troca de marchas sem que o motorista sinta. Mas aqui, você já pode ver o filme agora:

Jaula

A publicidade de televisão e rádio no Brasil continuam enjauladas. Diferente de outros países, aqui, se o material não tiver secundagem múltipla de 15 segundos, não vai ao ar. Tudo bem, é uma regra, mas também não deixa de ser uma prisão. E nós, criativos, acabamos nos acostumando a pensar em 30 segundos. Tudo bem, é uma conveniência, mas também não deixa de ser um limite. Há exceções, como as vinhetas do HSBC de 10 segundos que veicularam antes do Jornal Nacional, depois de um acordo entre o anunciante e a Rede Globo. Agora, é a vez da Puma sair da jaula. Em sua nova campanha para divulgar o lançamento do Puma Lift, tênis que pesa apenas 173 gramas, a Neogama/BBH desenvolveu o conceito: 173 gramas, o máximo necessário, o mínimo possível. O tema será trabalhado através de 3 comerciais de televisão com apenas 17,3 segundos, cada, ou seja, 173 décimos de segundo, apresentados por Macos Mion e com veiculação exclusiva na MTV.
E você, o que acha dos modelos de secundagem que vigoram no Brasil. Facilita, atrapalha, engessa...

Estrutura

Esta semana, em Criação e Elaboração de Campanhas, vamos falar sobre estrutura de Agência de Publicidade. Semana passada, em entrevista à Meio & Mensagem, Bazinho Ferraz, presidente da B/Ferraz e CEO da unidade B (de Below The Line) do Grupo ABC, falou sobre a estrutura atual da sua empresa de full promotion, que está fazendo 10 anos.
Segundo o executivo, sua empresa é dividida em 9 áreas:
- Criação - com duplas para cada cliente;
- Planejamento - mais tático e que atua ao lado da criação;
- Atendimento e Negócios;
- Estratégias e Branding;
- Artística;
- Eventos;
- Operações;
- Compras e Suprimentos;
- Administrativa e Financeira.
A B/Ferraz é uma agência de Below The Line especializada em promoção, PDV e eventos, e está no Grupo B da ABC junto a Hello, Interbrand, Mondo, New Style, Rede, Sunset e Tudo.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Indicação

Para quem, além de Publicidade, também curte Relações Púbicas, fica a dica: sigam o blog de minha sócia e também professora Ilka Carrera. O endereço é:
www.professorailkacarrera.blogspot.com

CCSP

O site do Clube de Criação de São Paulo é, sem dúvida, um dos mais importantes do Brasil. Sempre fiz minhas pesquisas sobre publicidade nele. Fosse pra aulas, trabalhos do mestrado ou inspiração profissional. Esta semana fui supreendido. Quando tentava baixar um anúncio para usar como exemplo em uma aula, fui informado que o acesso à seção Novo!, a partir daquele momento, era exclusividade para sócios.
Hoje, no twitter, questionei a Marcello Serpa o por que de limitar o acesso a não sócios. Vejam a resposta:




E vocês, o que acham da cobrança por conteúdo na internet?

Almap Inova em Lançamento

Para lançar o Eos, da Volkswagen, a Almap BBDO desenvolveu um curta-metragem que, ao mesmo tempo, é jogo e interage com o espectador. A ação só pode ser acompanhada pela internet. Vale uma visita no site

O filme, com duração de 3 minutos, tem criação de Luciana Haguiara e Nathalia Resende, a direção de criação é de Marcello Serpa e Sergio Mugnaini. A direção do vídeo é de Fernando Gronstein Andrade.

Campanha da Skol Continua Redonda

Neste sábado, 15/08, estreia o novo filme da campanha "Redondo é Rir da Vida", da Skol. O tema agora é Churrasco, que tem tudo a ver com quem gosta de uma gelada. Acompanhe abaixo a versão completa, de 60 segundos. Na TV, serão veiculadas versões de 30 segundos.


Publicidade na Telona

Estreia nos Estados Unidos, no próximo dia 21/08, Art&Copy, documentário dirigido por Doug Pray, que discute a influência da Publicidade na cultura norte americana. Agora é esperar que o filme passe por aqui em algum canal de TV a cabo, pelo menos.

"Nicho é a Nova Massa"

A afirmação é de Brian Dusho, membro da Out Of Home Video Advertising Bureau (OVAB), em entrevista à revista Meio Digital. Ainda segundo o executivo, a Mooh (mídia out of home) "é a próxima grande tendência no mundo da mídia" por que combina a cobertura das mídias de massa com a capacidade de segmentação por nichos. Ou seja, mooh é "a nova geração da mídia de massa".
Para quem ainda não ligou o nome à pessoa, mooh é qualquer meio visual ou áudio-visual que possa ser visto fora de casa: telões de mídia exterior, BusTV, terminais de vídeos em PDV e até TV Mobile no celular. Os investimentos em mídia out of home cresceu 27% no último ano e a tendência é que cresça ainda mais em 2009.

Propaganda Verdade (?)

A história começou com um vídeo mostrando Ronaldinho Gaúcho mandando várias bolas na trave seguidamente. Seria verdade? Depois vieram outros. Destaque para um vídeo que mostrava Kobe Bryant, astro da NBA, saltando sobre um Aston Martin, carro usado nos filems de 007. Agora foi a vez da Adidas Argentina usar a "Propaganda Verdade" para gerar buzz na internet. São 3 vídeos, em estilo de documentário, sempre mostrando algum tipo de habilidade desconfiável. E pra você, é verdade mesmo?





terça-feira, 11 de agosto de 2009

Mais de Branded Content

Como exemplo de branded content bem sucedido, podemos falar do curta-metragem criado pela Publicis Mojo de Auckland, na Nova Zelândia para a Schweppes. O filme criado por Lachlan McPherson, Nick Worthington, Karl Fleet e Patrick Hughes fala sobre amor e comunicação, temas de interesse de muita gente. O produto mal é notado, o importante é o tema. O curta, com duração de pouco mais de 12 minutos, foi "veiculado" apenas na internet. Viralizou e ganhou ouro no Cyber Lions de Cannes neste ano. Vale a pena assistir.


Novas Abordagens

Muito tem se falado sobre as novas maneiras que a publicidade tem encontrado de impactar o público-alvo. No meio visual, existe uma maneira bem simples de entender este movimento. Durante muito tempo, bastava colocar um comercial de 30 segundos no ar e todo mundo via. Aí inventaram o controle remoto. Muita gente passou a mudar de canal justo na hora do break comercial. Então os anunciantes foram para dentro dos programas, fazendo merchandising editorial e product placement. Mas então chegou a TV a cabo. Em vez de 5, os espectadores começaram a conviver com 50, 60 opções de canal. O programa favorito de muita gente, passa a ser zapear. E aí, os anunciantes inventaram o branded content. Ou seja, o negócio agora é gerar conteúdo. Pode ser formatos diferenciados de comerciais, programas, documentários e até curtas metragens. O objetivo quase sempre é oferecer um conteúdo, sobre um assunto de relevância para um determinado público. A marca em si, não precisa ter muito destaque. E aí, acabou? Não, com o desenvolvimento da TV digital, a tendência é que os anunciantes não só criem conteúdo, mas grades inteiras de programação. Quer dizer, é possível que, em um futuro muito próximo, existam canais exclusivos de anunciantes. No meio rádio, isso já é uma realidade. Oi, Mitsubishi e Sulamerica são exemplos bem sucedidos de marcas que dão nomes a emissoras.

WOM, o ROC Potencializado

O nome dele é Dave Carrol. Numa viagem de Nebraska para Omaha, pela United Airlines, o músico canadense teve seu violão danificado durante o voo. Mais que o aborrecimento e o prejuízo, o que mais irritou Dave foi o descaso com que a companhia aérea tratou o assunto. O nome disso é ROC (Return on Costumer), que mede o valor vitalício de uma marca perante o seu público-alvo. Toda vez que uma organização trata mal um cliente, o valor dela cai e nunca mais volta a ser o mesmo.
Pois em tempos de internet e redes sociais, o cuidado com o ROC deve ser redobrado. Isto porque, nos dias de hoje, com Orkut, Facebook e Twitter, é muito fácil fazer uma notícia circular por um número muito grande de pessoas. É o que estão chamando de WOM (Word of Mouth). Tudo se espalha muito rápido pela rede mundial de computadores.
Foi o que aconteceu com Dave e a United Airlines. O músico fez um clip intitulado United Breaks Guitars (A United quebra violões - em tradução livre). Em pouco mais de um mês, o vídeo teve mais de 4 milhões de acessos no YouTube. E o sucesso parece estar longe do fim, mesmo a United Airlines já tendo proposto uma indenização.
Fica a dica para os dois lados. Quem tem cliente, que cuide muito bem dele. Quem é cliente, que exija ser bem tratado ou coloque a boca no trombone. Abaixo, o vídeo de Dave Carrol:

Think Diferent

Esta criação sensacional da Chiat Day para a Apple foi veiculada apenas uma vez, no último capítulo da série norte americana Seinfeld, em 1989. Semana passada, em homenagem ao ator Jerry Seinfeld, o filme foi veiculado de novo. Sempre vale a pena rever uma idéia tão simples e, ao mesmo tempo, tão genial. Isso é construir a identidade de uma marca. Isto é ajudar a transformar uma maçã em um símbolo admirado e respeitado em todo o mundo. Chato é ver um conceito tão bom sendo imitado descaradamente por uma agenciazinha baiana... Qual é galera, vamos pensar diferente!

O Melhor da História!



Em relação a este comercial, poucos discordam, ele é o melhor já criado na história da publicidade brasileirra. Hitler, feito para o Jornal Folha de São Paulo, é criação de Washington Olivetto e Nizan Guanaes e está na lista dos 100 melhores comerciais de TV do mundo criados no século XX. Alguma dúvida?

Pull or Push?

Pull or Push?


Sabe aquelas palavrinhas que aparecem em adesivos de porta e que deixam a gente na maior dúvida? Essas mesmas, “Pull” e “Push”. Pois, agora, elas estão fazendo fama também no marketing e na comunicação. Mas afinal, do que se trata?

No adesivo de porta, dá confusão. O sujeito lê push, acha que deve puxar a porta e pronto, já era, a porta não vem. Já em comunicação, pra não ter problema, podemos chamar de Merketing de Interrupção (push) e Marketing de Acesso (pull). Mas, e aí? Do que se trata mesmo?

Vamos lá. O assunto aqui é promotion, ou seja, a maneira escolhida para divulgar um produto ou serviço para um determinado público-alvo. O Marketing de Interrupção (push) é o que estamos acostumados a fazer. Através das mídias de massa, empurramos goela abaixo das pessoas, informações e valores a respeito de uma marca. Ou seja, a recepção das mensagens é praticamente obrigatória. Acontece que tem um monte de coisa acontecendo no mundo que está empurrando o push pra fora do mercado.

O quê? Ah, um monte de coisa, mas, principalmente a TV Digital e a Internet. A maior revolução que está acontecendo agora na comunicação é liderada por essa dupla. Graças a ela, o consumidor, ou seja, aquele a quem eu quero atingir, ficou mais ensaboado, quer dizer, mais difícil de pegar. Isso porque, se até hoje, existia uma força maior que nos obrigava a ver um determinado programa em local e hora estabelecidos, amanhã, essa força não mais existirá. A internet já disponibiliza um monte coisa com livre acesso, agora, chegou a vez da televisão. Poderei ver aquela novela, aquele filme, aquele jogo, na hora que eu quiser, no lugar que eu desejar. Em outras palavras, a mídia de massa vai ficar cada vez mais individualizada e o poder estará nas mãos do consumidor.

Em um cenário como esse, que ainda não está totalmente construído, é bom que se diga, precisamos encontrar outras formas para abordar este consumidor. E é aí que entra em campo o Marketing de Acesso (pull). Aqui, o verbo não é impor, mas oferecer. Eu saio das mídias de massa e vou pegar ele na rua, no shopping, no cinema, no teatro, no estádio. Seja através de peças regulamentadas, ações promocionais ou de guerrilha... Ou NDA. O exemplo da Sony é interessante.

Para falar do aparelho de TV Bravia, primeiro eles jogaram milhares bolas ladeira abaixo em uma cidade. Depois, eles deram um banho de tinta em outra. Mais tarde, organizaram uma invasão de coelhinhos Play-Doh em outra. E, outro dia, lavaram algumas ruas de uma cidade com milhares de metros cúbicos de espuma. Todas essas intervenções urbanas viraram filmes publicitários que rodaram telas de TV, de cinema e de computadores, via o You Tube. Tudo feito para passar a idéia de que as cores, na TV Sony, são como em nenhuma outra.

Mas só esta idéia extravagante e original não resolveu o problema. A Naked Communications, agência da marca em Londres, detectou um problema que nem os mais altos investimentos em mídia de massa poderiam resolver. O fato é que a Sony estava prometendo as melhores imagens do mundo, mas o seu consumidor não se emocionava, porque via aquilo tudo através de seu aparelho antigo. Então, o pessoal da agência teve uma idéia: precisamos fazer com que as pessoas vejam essas e outras imagens em aparelho de TV Bravia, só assim elas vão perceber a diferença.

A solução encontrada foi bastante engenhosa. Eles criaram um espaço de eventos que pudesse ser alugado para eventos de R.P., festas empresariais e particulares. Duas casas foram inauguradas. Uma em Londres e outra na Alemanha, em uma cidade que não adianta colocar o nome porque ninguém vai conseguir pronunciar. São espaços modernos, de arquitetura interessante e voltados para um público bastante seleto. E dentro dos espaços, claro, um show case do produto. Cada local ganhou 40 telas de Bravia, que podem ser usadas para mostrar vídeos, apresentações, animações ou gráficos abstratos. Importante, a marca Sony, não está exposta em nenhum lugar.

O grande lance do Marketing de Acesso (pull) é que você cria no consumidor, a sensação de que aquele produto ou serviço foi descoberto por ele. Não há intromissão, tudo é mais sutil. Um tipo de abordagem essencial para pessoas que não gostam de vendas cara a cara e que simplesmente se desligam ao perceberem uma ação qualquer de branding. Pois é, parece que, na era do espetáculo, nada de empurra-empurra, a palavra de ordem é sutileza.

Mário Garcia Jr.

O Melhor da História?



Para muitos este é o melhor comercial de televisão já criado na história de publicidade mundial. Ele foi feito para a Apple e veiculado apenas uma vez, em janeiro de 1984, no intervalo do Superbowl. E você, acha o quê?

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Criatividade

É, no mundo real problemas existem. E, muitas vezes, insistem. Tem problema de saúde. Problema financeiro. Problemas de relacionamento. Problema que aparece. Problema que a gente inventa. Problema necessário. Problema merecido. Problema que vem pro bem. Problema só de azar. Tem problema que chega e passa. Problema que vem e fica. Problema que estressa. Problema que alivia. É, no mundo real problemas existem. E, muitas vezes, insistem. E não é só a gente que tem problemas não. Marca tem problema. Empresa tem problema. Loja tem problema. Produto tem problema. Serviço tem problema. E pode ser problema técnico. Problema comercial. Problema de marketing. Problema de comunicação. É, no mundo real problemas existem. E, muitas vezes, insistem. E solução, será que tem? Tem. Pra cada tipo de problema, um tipo de solução. Tipo assim, nascidos um para o outro, feitos sob medida, encaixe perfeito, coisa e tal. Mas solução exige idéia. E pra ter idéia, é preciso ter criatividade. Ou seja, a criatividade é filha do problema com a idéia. É, no mundo real, criatividade existe. E, algumas vezes, insiste. Tem telefone. Depois telefone sem fio. Depois celular. Tem televisão. Depois controle remoto. Depois TV Digital. Tem instrumento musical. Depois CD. Depois MP3. Tem charrete. Depois mobilete. Depois carro conversível. Tem carta. Depois e-mail. Depois Twitter. É, no mundo real criatividade existe. E, algumas vezes, insiste. Lembra do problema de comunicação? Pois é, casou com uma idéia genial e tiveram uma linda filha: a criatividade publicitária. Nasceu maravilhosa. Tem originalidade na cabeça. Um corpo bem adequado e membros pra lá de pertinentes. Está sempre chamando atenção, despertando desejos, criando convicções, motivando ações, ganhando prêmios. É, no mundo real, criatividade existe. E, algumas vezes, insiste. A criatividade publicitária gosta de trabalhar. Diz que se parar perde a forma, enferruja, fica ultrapassada. Criatividade não tem hora pra sair do serviço. Nem pra chegar. Aparece de madrugada. Na hora do banho. Na praia. No elevador. Criatividade publicitária gosta de bater um papo, trocar uma idéia, sempre em dupla. É, no mundo real criatividade existe. E, algumas vezes, insiste. A criatividade publicitária tem como parceiros mais usuais duas figuras bem interessantes. O redator e o diretor de arte. O primeiro faz títulos, textos e roteiros para rádio, televisão e cinema. O segundo desenvolve conceitos visuais, cria layouts, cartelas e story boards. Os dois juntos vivem conversando, concordando, discordando, elogiando, criticando, sempre querendo saber onde foi que a danada da criatividade publicitária se escondeu. E quando ela aparece, os três juntos desenvolvem caminhos, linguagens, conceitos. Que vão aparecer em peças e campanhas. Que vão ganhar vida em aparelhos de televisão, rádios, outdoors, revistas, jornais. Que vão influenciar, convencer e persuadir pessoas. Que vão comprar produtos, serviços e idéias. Que vão trazer retorno para fábricas, empresas e lojas. Que terão seus problemas de comunicação resolvidos e no final de tudo poderão dizer: boa propaganda!
É, no mundo real problemas existem, criatividade existe. E alguns insistem, outros resistem, muitos desistem. E aí, qual é a sua?