quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Guerra Contra o Fumo

É sempre bom se posicionar. Principalmente quando o assunto é polêmico. Sou contra a proibição de propaganda de qualquer produto ou serviço que tenha sua venda e utilização legalizadas. A favor das restrições, mas radicalmente contra a proibição. No Brasil, há 8 anos, agências, fornecedores e veículos deixam de empregar milhares de profissionais porque é muito mais fácil e barato proibir propaganda do que investir em educação e saúde pública.
No outro lado da discussão, tem as sempre bem vindas campanhas antitabagismo. A mais recente, tem criação de Pedro Utzeri e Márcio Juniot, com belíssimas ilustrações da Casa do Vaticano. As peças, criadas pela Neogama/BBH para a Associação de Defesa da Saúde do Fumante - Adesf - compara o vício de fumar a uma guerra e declara: "São mais de 4.700 substâncias tóxicas contra você. Não fume." Os anúncios de página dupla começarão a ser veiculados em setembro na Revista Trip.





P.S.: Não sou fumante, inclusive, fumaça de cigarro me faz mal.

3 comentários:

Fernando Petersen disse...

Né?! É muito mais fácil proibir...
Não em outros lugares do mundo, mas aqui no Brasil tem essa mania de dizer que a propaganda é culpada de diversos males da sociedade.
Se é o processo que está em tramitação sobre a proibição da propaganda infantil, os culpados não são os pais que não podem educar seus filhos de uma boa forma ou do governo que não oferece estrutura adequada, mas sim da propaganda que informa e promove a marca. A culpa da obesidade infantil não é dos responsáveis pelas crianças e sim das estratégias que utiliza brindes para promover certos produtos.
Contra o cigarro, o culpado não é o próprio fumante ou o governo que não educa direito, mas sim a propaganda que vende a imagem.
Semestre passado fiz um trabalho sobre propaganda infantil e é impressionante como é quase unanime culparem as propagandas. Inclusive, colegas de faculdade que acham correto a proíbição (não é nem restrição) da propaganda voltada para as nossas crianças.
Agora, eu me pergunto: "Se não tiver a propaganda para divulgar os produtos infantis, inclusive brinquedos criativos, como essas empresas irão se sustentar? Quantas empresas grandes e de brinquedos educativos já abriram mão ou faliram? da minha infância eu mesmo não vejo boa parte, embora veja algumas marcas nas pratileiras...

Ou, Mário... Tenho uma pergunta que pode parecer fora do assunto mas não é... O que você pensa à respeito de termos um conselho regional? Nós temos orgão regulador (por sinal, referencia mundial), mas conselho regional, pelo menos que eu tenha conhecimento, não temos... Qualquer pessoa pode fazer papel de publicitário nesse país... rsrsrs..

Fernando Petersen disse...

Sendo um pouquinho "cri cri", a idéia da campanha está muito boa, mas em questões gráficas eu faria algumas mudanças... Uma delas aumentar o cigarro para poder aumentar a "tropa"... A princípio, ao meus olhos, está um pouco confusa a imagem!! Fora que, se tratando de revista, a "folheagem" das páginas é um tanto rápida... ueheuheuheuheueheuh
Concorda comigo ou discorda? :P

Mário Garcia Jr. disse...

Concordo com tudo o que vc disse. Nós, publicitários, temos que entender que possuímos um papel social muito importante e devemos tomar cada vez mais cuidados com o tipo de mensagem que colocamos "no ar". Mas as pessoas também têm que parar de achar que a publicidade é a culpada de tudo. Alguém tem que lembrar pra essa gente, por exemplo, que sem propaganda, não há gratuidade na TV. Elas conseguiriam viver sem novela, Gugu, Faustão etc?
Sobre o conselho regional, acho importante, fundamental e viável. Talvez seja o caso de pensarmos em capítulos para o CONAR, do tipo CONAR-Capítulo Bahia.
Sobre as peças da campanha, também aumentaria um pouco o tamanho do cigarro. Mas a ilustração é belíssima, né não?